Justiça determina prisão preventiva de 9 suspeitos de envolvimento em esquema de desvio milionário na Apae de Bauru
11/12/2024
Investigações revelaram esquema de superfaturamento de contratos e pagamentos a funcionários 'fantasmas'. Entre os detidos, ex-policial e empresário confessaram emissão de notas fiscais falsas para inflacionar os valores contratados. Justiça determina prisão preventiva de 9 suspeitos de envolvimento em esquema de desvio milionário na Apae de Bauru
Reprodução/TV TEM
A Justiça aceitou o pedido da Polícia Civil e decretou, na tarde desta quarta-feira (11), a conversão da prisão temporária em preventiva dos nove suspeitos de envolvimento no desvio milionário de recursos da Apae de Bauru (SP).
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Sete dos suspeitos, entre ex-funcionários e familiares, estão detidos desde o dia 3 de dezembro, enquanto um oitavo suspeito se entregou à polícia no dia 4 de dezembro. A prisão temporária de todos tinha como fim do prazo esta quinta-feira (12).
Já o nono envolvido, Roberto Franceschetti Filho, está preso desde o dia 15 de agosto como principal suspeito do desaparecimento de Cláudia Lobo, ex-secretária da Apae e também investigada no esquema criminoso.
Saiba quem são os presos na operação contra desvios milionários da Apae de Bauru
Reprodução
Após o cumprimento dos mandados de prisão, a Polícia Civil interrogou os oito suspeitos presos, entre segunda (9) e terça-feira (10). Foram apreendidos armas, munições e dinheiro na operação que investiga os desvios na Apae.
Renato Tadeu Campos, ex-policial militar que atuava como segurança da Apae, e um empresário, confessaram a emissão de notas fiscais falsas para inflacionar valores contratados pela instituição.
Eles explicaram que o valor excedente era restituído à Apae, com a alegação de que seria destinado a melhorias dentro da instituição.
Foram apreendidos armas, munições e dinheiro na operação que investiga desvios na Apae em Bauru
Anderson Camargo/TV TEM
Fraude e suposto homicídio
A apuração do caso começou após o desaparecimento de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da Apae, em agosto deste ano.
Segundo as investigações da Policia Civil, Franceschetti teria matado Cláudia na data do desparecimento dela por disputa de poder dento da instituição.
O desaparecimento levou à abertura de investigações que revelaram um esquema de desvio de dinheiro envolvendo superfaturamento de contratos, pagamentos a funcionários "fantasmas" e outras irregularidades financeiras dentro da entidade.
Em mensagem trocada com ex-presidente Apae de Bauru, Cláudia Lobo escreveu que 'estava rica'
Reprodução/TV TEM
A TV TEM e o g1 tiveram acesso, com exclusividade, a mais de 2.500 páginas dos inquéritos policiais, com depoimentos, quebras de sigilo bancário e conversas interceptadas, e apresentam evidências de como a organização criminosa agia dentro da própria Apae.
Além disso, mais de 7 mil gravações telefônicas dos ramais da Apae, feitas desde 2020, também foram analisadas.
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